tag:blogger.com,1999:blog-37824000351306241692024-03-12T19:27:19.051-07:00Mentira TucanaUnknownnoreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-3782400035130624169.post-34934953017153589272011-03-10T10:54:00.001-08:002011-03-10T10:54:57.858-08:00A Melhor Cantada de Todas<center style="color: #525252; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 25px;"><img alt="cantada infalível" border="0" height="490" src="http://lh3.ggpht.com/_XSAQSM6JnPI/TOWzq-CWPnI/AAAAAAAAInc/Qi7_7dRNGa8/cantada%20infal%C3%ADvel%5B3%5D.jpg?imgmax=800" style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-color: initial; border-left-style: initial; border-left-width: 0px; border-right-color: initial; border-right-style: initial; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-color: initial; border-top-style: initial; border-top-width: 0px; display: inline; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 4px; padding-left: 4px; padding-right: 4px; padding-top: 4px;" title="cantada infalível" width="604" /></center><center style="color: #525252; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 25px;">Esta é a melhor cantada que eu já ouvi.<br />
uahhauhauuahuhauhuahuahuahuhauhuahuahuhahuahuahhaha</center><center style="color: #525252; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 25px;">Fonte: <a href="http://www.fotologando.com/2010/11/cantada-infalivel.html">Aqui</a>.</center>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3782400035130624169.post-59789362181091608932011-01-28T15:23:00.000-08:002011-01-28T15:23:30.160-08:00O PSDB e a Guerra de Todos contra Todos<div style="font-family: Arial, Helvetica, FreeSans, 'Liberation Sans', 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;"><img alt="250111_psdbcrise" height="150" src="http://www.diarioliberdade.org/archivos/imagenes/articulos/0111b/250111_psdbcrise.jpg" style="border-bottom-color: rgb(229, 229, 229); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; border-left-color: rgb(229, 229, 229); border-left-style: solid; border-left-width: 1px; border-right-color: rgb(229, 229, 229); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; border-top-color: rgb(229, 229, 229); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; display: block; float: left; margin-bottom: 8px; margin-left: 8px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 2px; padding-left: 2px; padding-right: 2px; padding-top: 2px;" width="150" /><span class="Apple-style-span" style="color: black;"><a class="cck_field_fuente" href="http://descurvo.blogspot.com/" style="text-decoration: none;" target="_blank">O Descurvo</a> - [Hugo Albuquerque] O Partido da Social Democracia Brasileira é um dos principais personagens partidários do Brasil pós-88.</span></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, FreeSans, 'Liberation Sans', 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">Ocupou a Presidência da República por duas vezes - e só não esteve na disputa real da cadeira em 1989, apesar da excelente votação de Mário Covas -, governou estados importantes, tem a terceira maior bancada da Câmara e é o maior partido de oposição no plano federal, hoje. Trata-se, com efeito, de uma profunda exceção no campo político ocidental (que, talvez, se repita apenas em Portugal): É um partido social-democrata que não é bem social-democrata na prática - e aqui falo dos discursos corriqueiros, das políticas de aliança ou mesmo da auto-identificação dos simpatizantes e eleitores médios -, apesar do seu nome, do seu estatuto e do seu programa atual - que, caso fossem lidos por um analista político estrangeiro não iniciado na história política do Brasil, seriam creditados a algum partido de esquerda, sobretudo por conta do seu programa original (1988) que defende até auditoria da dívida externa assim como também clama enfaticamente por uma Reforma Agrária.</div><a name='more'></a><br />
<div style="font-family: Arial, Helvetica, FreeSans, 'Liberation Sans', 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">Para muito além do discurso, há uma história que o precede e onde ele está inserido, na qual os fundadores do PSDB eram apenas a ala institucionalista e menos demagógica do PMDB - uma artificialidade construída pela Ditadura Militar com o intuito de legitima-la - que tomou vida por conta das disputas internas do PMDB-SP e da insatisfação com os rumos do PMDB pelo país - a entrada de políticos pró-ditadura, ainda que isso não tenha sido a causa determinante de sua fundação, mas sim a vitória de Quércia sobre o núcleo duro do PMDB paulista, onde residiam figuras como FHC, Montoro, José Serra e Mário Covas. É certo que a grande maioria dos fundadores do PSDB tinham ânimo de fundar outro partido por motivos programáticos, do contrário, teriam se usado do momento politizante das Diretas para tanto - todos pensavam, entretanto, em construir um projeto de modernização conservadora a partir da estrutura do próprio PMDB.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, FreeSans, 'Liberation Sans', 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">O partido, portanto, nasce indeterminado, vagando entre a má vontade com a esquerda formada pelos movimentos sociais e um oposicionismo institucional contra a direita pró-ditadura. E é FHC que irá determinar os destinos do partido, sobretudo, por sua atuação política pessoal, seja enquanto esteve próximo a todo momento do Poder quando era Senador - primeiro, chegando a liderar o governo no Senado durante o Governo Sarney, depois sendo próximo de Collor e de Itamar - ou quando ele resolve ser o fiador de um certo projeto de modernização conservadora, o que o aproximou do esquema do Carlismo na Bahia - e de Marco Maciel em Pernambuco, algo que se ramificava por todo Norte-Nordeste.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, FreeSans, 'Liberation Sans', 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">O PSDB pós-FHC posicionou-se à direita do centro, liderando as forças daquele espectro a partir de então, o que se acentua por conta da oposição promovida pelo PT - que àquela altura, englobava os setores que foram postos de lado no processo de estabilização econômica dos anos 90, a saber, os trabalhadores empregados, os movimentos sociais vários e mesmo a pequena indústria, setores que normalmente são representados por um partido social-democrata como manda a praxe da política europeia ou de inspiração europeia. As crises e as falhas todas cometidas durante o Governo FHC provocaram uma queda severa de sua popularidade, o que foi determinante para o desfazimento da aliança que o elegeu e o sustentou desde 1994, fato que colabora decisivamente para sua derrota em 2002 para Lula, que naquele momento construiu um potente arco de alianças ao incluir as demandas de uma direita desenvolvimentista e inclui-las junto das demandas laborais e sociais que o PT sempre defendeu.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, FreeSans, 'Liberation Sans', 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">O período todo do Governo não serviu para sedimentar a identidade do partido, comos vemos em documentos pouco divulgados, mas de importância singular única como, por exemplo, uma nota oficial datada de 2003 - e assinada pelo então Presidente do Partido, José Aníbal - que ataca a Internacional Socialista por não ter convidado o PSDB para seu XXII Congresso - realizado em São Paulo, tendo por anfitrião o Partido dos Trabalhadores (que é membro observador da organização) e cujo discurso de abertura foi proferido pelo então Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva. O problema aqui não é ser ou não de esquerda, nem uma crítica à disputa pelo significado das palavras - que, no fim das contas, é a própria política -, mas sim da profunda insensatez que gestos como esse significam, tendo em vista os oito anos de polarização onde o PSDB se pôs, conscientemente, no campo direito (e anti-socialista) da disputa política.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, FreeSans, 'Liberation Sans', 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">As duas disputas presidenciais que se seguiram à vitória de Lula teve novos confrontos entre o PSDB e o PT, onde primeiro se viu Geraldo Alckmin concorrendo contra um Lula que pleiteava um segundo mandato sob os auspícios de um discurso moralizante e gerencial - a eleição do modelo da empresa como alternativa à política (na verdade, à democracia) - e depois a disputa envolvendo José Serra e a sucessora indicada de Lula, Dilma Rousseff, na qual o governador paulista largou o discurso centrista de 2002 - quando foi derrotado por Lula - para assumir um discurso desesperado e negativo, abraçando o que há de pior na direita nacional - os extremistas religiosos da TFP, os monarquistas et caterva - para tentar surfar em uma onda de ódio profundo sem se molhar e assim vencer. As duas derrotas - especialmente a última - repercutiram mal sobre o partido e algumas lideranças estaduais falam em refundação, quem sabe um afastamento do discurso religioso-moralista e uma retomada do "PSDB dos anos 90" - o que, por certo, trata-se de uma certa bravata anti-serrista, dada a ampla rejeição popular em nível federal da própria figura pessoal de FHC.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, FreeSans, 'Liberation Sans', 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">A crise que hoje percorre o PSDB nacional é algo que começa das próprias disputas internas para concorrer à Presidência da República ao longo do tempo - um jogo duro, onde os caciques guerreiam no interior do partido para chegarem às vésperas das eleições aclamados, sem a necessidade prévias nem quetais. Há um ano, assistíamos ao fim do confronto formidável entre José Serra e Aécio Neves, onde o primeiro derrotara o segundo, mas o derrotado, habilmente, preparou uma armadilha para o governador paulista: Serra tinha de vencer e ainda se preparar para fazer campanha literalmente sozinho. O mesmo podia ser visto em São Paulo, onde Geraldo Alckmin, candidato à chefia do governo do estado, concentrava-se na sua própria disputa - para a qual ele foi indicado pela falta de quadros no partido - ao passo em que ele largava a disputa presidencial, largando Serra, a quem tanto lhe combateu internamente, à própria sorte.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, FreeSans, 'Liberation Sans', 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">A vergonhosa derrota de José Serra em 2010, em qualquer país razoável do mundo, provocaria o fim da sua carreira política, mas o Brasil é o país da jabuticaba e a jabuticaba é única: Ele continua a se pronunciar internamente, deseja concorrer à Presidência do Instituto Teotônio Vilela - o equivalente à Fundação Perseu Abramo do PT, em suma o centro de estudos, pesquisas e doutrinação do Partido - e há quem suscite seu nome para a disputar a Prefeitura de São Paulo em 2012 (!). Enquanto isso, Aécio Neves emergiu falando alto enquanto a própria liderança da nova oposição, exatamente como tinha planejado caso ocorresse a combinação de sua vitória com a derrota de Serra, mas algo escapou ao cálculo do político mineiro: Alckmin continua discursando com autoridade - até criticando Dilma - e Serra não se retirou da vida política, portanto, a sua aclamação como líder da oposição não aconteceu. Existe uma hesitação importante entre os setores que apóiam o PSDB, seja dentro ou fora da política, em rumarem imediatamente para o séquito de Aécio.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, FreeSans, 'Liberation Sans', 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">De fato, não há refundação do PSDB, o que existe ainda é uma disputa interna pelo poder. A força de certo setor da elite paulista - não aquela ligada às corporações modernas ou as multinacionais estabelecidas no estado, mas sim certos setores mais tradicionais e locais - é resistente a Aécio como é resistente a qualquer proposta que passe por fora de São Paulo. Alckmin pode ser um político com limitações e pouca criatividade, mas sabe disso, está refazendo conexões e jogando duro para varrer o legado de Serra no Governo bandeirante. Enfim, não houve aclamação de ninguém, mas sim disputa, a velha disputa interna tucana, nos termos que ela sempre foi travada. Não é, também, a resistência do PSDB paulista que impede sua refundação: O próprio Aécio não é um nome capaz de renovar um partido, ele é um político personalista que se cerca de bons técnicos, mas não um pensador ou o líder de um movimento.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, FreeSans, 'Liberation Sans', 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">Só para citar aqui alguém insuspeito de maiores petismos - ao contrário deste humilde redator - como um Paulo Nogueira, "Aécio é a face sem rugas do atraso" - e, mesmo que eu não concorde com uma perspectiva de História centrada no binarismo progresso-atraso, tomo aqui "atraso" pelo seu sentido corriqueiro, isto é, a expressão da política tradicional brasileira - oligárquica, personalista e cordialmente autoritária -, o que torna a ironia de Paulo fina e precisa: Aécio é o tradicional irresoluto que gosta de parecer o Novo, ele aceita e brinca com esse binarismo para se mover pelo pântano da política nacional. Qual a nova ideia e qual o movimento relevante que Aécio produziu? Sua espécie de Novo-direitismo com pendores panbrasileiristas não é, com efeito, a saída para os problemas do Brasil ou mesmo para a manutenção da Ordem que é, hoje, se vê ameaçada pelo reformismo banho-maria dos petistas - diria que mesmo eleitoralmente, isso é muito pouco, depende mais dos erros de Dilma para dar certo do que qualquer outra coisa.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, FreeSans, 'Liberation Sans', 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">E assim segue o PSDB, sendo a coisa mais parecida com a excêntrica ideia hobbesiana da "guerra de todos contra todos" que a política brasileira de hoje poderia reproduzir...</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, FreeSans, 'Liberation Sans', 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;"><em><strong>Hugo Albuquerque é estudante de direito e blogueiro em São Paulo.</strong></em></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, FreeSans, 'Liberation Sans', 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;"><em><strong>Fonte:</strong></em></div><table class="contentpaneopen" style="border-bottom-color: rgb(221, 221, 221); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; border-left-color: rgb(221, 221, 221); border-left-style: solid; border-left-width: 1px; border-right-color: rgb(221, 221, 221); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; border-top-color: rgb(221, 221, 221); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; font-family: Arial, Helvetica, FreeSans, 'Liberation Sans', 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 5px; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 5px; width: 1009px;"><tbody>
<tr><td class="contentheading" style="color: #145077; line-height: 21px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;" width="100%"><a class="contentpagetitle" href="http://www.diarioliberdade.org/index.php?option=com_content&view=article&id=11352:o-psdb-e-a-guerra-de-todos-contra-todos-&catid=69:batalha-de-ideias&Itemid=83" style="color: #145077; text-decoration: underline;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">O PSDB e a Guerra de Todos contra Todos</span></a></td></tr>
</tbody></table>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3782400035130624169.post-6140723857701670532011-01-07T18:43:00.001-08:002011-01-07T18:44:09.657-08:00A decadência da TV Globo.publicada quarta-feira, 05/01/2011 às 14:10 e atualizada quarta-feira, 05/01/2011 às 21:01<br />
por<b> Rodrigo Vianna,</b> no <b><a href="http://www.rodrigovianna.com.br/">Escrevinhador</a></b><br />
Altamiro Borges, <b><a href="http://altamiroborges.blogspot.com/2011/01/fantastico-despenca-na-tv-globo.html">aqui</a>,</b> e Paulo Henrique Amorim,<b> <a href="http://www.conversaafiada.com.br/pig/2011/01/05/mesmo-com-eleicao-e-copa-jornal-nacional-desaba/">aqui</a></b>, destacam fatos que demonstram a decadência da TV Globo.<br />
O texto de Miro mostra que o Faustão – em crise de audiência (e de faturamento?) – demitiu a banda de músicos. E que o “Fantástico” enfrenta a pior crise de sua longa história. O Paulo Henrique relata como a audiência do “JN” encolheu em dez anos: o jornal apresentado por Bonner perdeu um de cada quatro telespectadores de 2000 para 2010 – são números oficiais do IBOPE.<br />
São fatos. Não é bom brigar com eles. Mas é bom analisar esse proceso com cautela.<br />
Quando entrei na TV Globo, em 95, o “JN” dava quase 50 pontos de audiência. Era massacrante. O “Globo Repórter” dava perto de 40 pontos.<br />
Em 2005/2006, quando eu estava prestes a sair da emissora, o “JN” já tinha caído pra casa dos 36 ou 37 pontos (havia dias em que o jornal local conseguia mais audiência do que o principal jornal da casa) e o “Globo Repórter” se segurava em torno de 30 ou 32 pontos (programa que desse menos de 30 abria crise, era preciso sustentar a marca dos 30).<br />
Esse tempo ficou pra trás. O “JN” já caiu pra menos de 30 pontos. E o Globo Repórter hoje patina em 24 ou 25 – dizem-me.<br />
O “Jornal da Record” dobrou de audiência. Em São Paulo chega a 10 pontos, em outros Estados passa dos 12 ou 13. Nas manhãs, a Globo e a Record (com o SBT um pouco atrás) brigam pau a pau. E a Record vence em muitos horários matutinos, há meses. Aos domingos, a Globo também sofre. A grande jóia da coroa da emissora carioca é o horário nobre durante a semana: novelas+ JN. Nesse caso, os números revelam que o domínio da Globo se reduz, ainda que de forma lenta.<br />
<a name='more'></a><br />
Muita gente espera o dia em que a Globo vai passar por uma hecatombe e deixará de ser a Globo. Acredito que isso não vai acontecer: a queda será lenta, negociada, chorada…<br />
A Globo poderia ter quebrado ali pelo ano 2000. No primeiro governo FHC, Marluce (então diretora geral) tivera duas idéias “brilhantes”: tomar dinheiro emprestado, em dólar, para capitalizar a empresa de TV a cabo do grupo; e centralizar as operações numa “holding”. Ela acreditou nas previsões do Gustavo Franco e da Miriam Leitão, de que o Real valeria um dólar para todo o sempre! Passada a reeleição de FHC, em 98, o Brasil quebrou, veio a crise cambial e a Globo ficou pendurada numa dívida em dólar que (de uma semana pra outra) triplicou.<br />
A dívida era da TV a cabo mas, como Marluce e os geniais irmãos Marinho tinham centralizado as operações na holding, contaminou todo o grupo. A Globo entrou em “default”. Quebrou tecnicamente. Poderia ter virado uma Varig. Mas conseguiu (sabe-se lá com quais acordos e pressões políticas) equalizar a dívida.<br />
Quando saiu da crise, em meados do primeiro mandato de Lula, a Globo (o jornalismo) estava já sob os auspícios de Ali Kamel – o Ratzinger. Ele conduziu a empresa para a direita: contra as cotas nas universidades, contras as políticas de combate ao racismo (“Não somos racistas”, diz), contra o Bolsa-Família. O grande público não percebe isso de forma racional. Mas (mesmo que de forma despolitizada) sente que a Globo ficou contra todos os avanços sociais dos últimos 8 anos. Lentamente, foi-se criando uma antipatia no público. Ouve-se por aí: a Globo não fica do lado do povão.<br />
Não é à toa que um fenômeno novo surge nas grandes cidades, como São Paulo. Nas padarias, restaurantes populares, pontos de táxi, era comum ver televisores ligados sempre na Globo. Isso há 7 ou 8 anos. Acabou. De manhã, especialmente, a programação da Record e do SBT (e às vezes também dos canais a cabo) entra nas padarias, ocupa os lugares públicos.<br />
Essa é uma mudança simbólica.<br />
Mas é bom não brigar com outro fato: boa parte do público segue a ter admiração e carinho pela progamação da Globo. E há motivos pra isso, entre eles a qualidade técnica. A iluminação, a textura da imagem, o cuidado com o bom acabamento. Tudo isso a Globo conseguiu manter – apesar de muitos tropeços aqui e ali.<br />
Fora isso, apesar de toda crítica que façamos (e eu aqui faço muito) ao jornalismo global, é bom não esquecer que na TV da família Marinho há sim ótimos profissionais, gente séria que tenta (e muitas vezes consegue) fazer bom jornalismo.<br />
Esse capital – qualidade técnica – a turma do Jardim Botânico tem conseguido manter. O que não ajuda: a política editorial, adotada por exemplo durante a posse de Dilma. Ironias desmedidas, falta de compreensão do momento histórico e uma arrogância de quem se acha no direito de “ensinar” como Dilma deve governar. A seguir nessa toada, a decadência será mais rápida…<br />
E o que mais pode entornar o caldo por lá? Grana.<br />
A Globo tem custos altíssimos de produção. Quem conhece de perto o Projac diz que aquilo é uma fábrica de boas novelas e minisséries, mas também uma fábrica de desperdício. Empresa familiar, que cresceu demais. Cada naco dominado por um diretor, como se fosse um feudo. Até hoje a Globo conseguiu manter essa estrutura porque ficava com uma porção gigante das verbas públicas de publicidade (isso mudou com Lula/Franklin) e com uma porção enorme da publicidade privada: o BV – bônus em que a agência é “premiada” pela Globo se concentrar seus anúncios na emissora – explica em parte essa “mágica”; outra explicação é que a Globo detem (detinha!?) de fato fatia avassaladora da audiência.<br />
Com menos audiência, as agências (ou as empresas anunciantes, através das agências) podem pressionar para que o valor dos anúncios caia. Se isso acontecer, a Globo vai virar um elefante branco. Impossível manter aquela estrutura verticalizada se a grana encurtar.<br />
Qual o limite que a Globo suporta? Difícil saber. Mas dispensa da banda do Faustão é um indicador de que a água pode estar subindo rápido.<br />
Outro problema sério: o risco de perder a transmissão do futebol, ou de ter que pagar caro demais para mantê-lo.<br />
<b>Para terminar de ler este artigo do excelente Escrevinhador,</b><b> <a href="http://www.rodrigovianna.com.br/">clique aqui.</a></b><br />
<b>Fonte: <a href="http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/rodrigo-vianna-os-numeros-da-globo-lenta-decadencia.html">Aqui </a></b>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3782400035130624169.post-72280271907634699492011-01-07T18:41:00.001-08:002011-01-07T18:41:56.486-08:00O PIG está de volta. A todo o vaporÉ mole? Esse PIG só pode estar de brincadeira. Dilma tomou posse no sábado. Teoricamente hoje, 07.01, é o 5º dia de governo da presidenta. Pois Merval Pereira já soltou essa pérola “está sendo tão difícil para Lula desencarnar do papel de presidente da República quanto para Dilma assumir integralmente a função para a qual foi eleita”. Como bem percebo o PIG não é feito de colunistas ou articulistas, mas sim de juizes, “sentenciadores”. Eles olham e decidem “o que é”, “do que de trata”. Pois com a incrível velocidade de 5 dias Merval já decidiu que “está sendo difícil para Dilma assumir integralmente a função para a qual foi eleita”. O cara é um gênio.<br />
<a name='more'></a><br />
<b>Rodrigo Monteiro</b><br />
<b>*****</b><br />
<b>de Eliane Cantanhêde, a musa da febre amarela e da massa cheirosa, misturando o governo Dilma com chuvas e desmoronamentos (<a href="http://portal.pps.org.br/helper/printData/192968">íntegra aqui</a>):</b><br />
“Depois da ira dos italianos por causa do Battisti, das provocações do PMDB, da suspensão das nomeações de segundo escalão, do veto a um mínimo superior a R$ 540, do general Elito dizendo que “não há vergonha” nos desaparecimentos da ditadura… Dilma Rousseff conseguiu finalmente criar ontem um factoide, ops!, uma notícia positiva para saciar a imprensa e a sociedade neste início de ano e de governo com chuvas, desmoronamentos, confusões e rebeldias de aliados”.<br />
*****<br />
De <b>Ricardo Melo</b>, na Folha, confundindo a emissão de passaportes para filhos de Lula com o “rouba mas faz”:<br />
“Claro, muitos vão dizer que o assunto é miudeza diante de realizações da gestão Lula. Mas, queira-se ou não, no fundo, no fundo, o que está por trás de tal comportamento é a mesma matriz ética que consagrou o antigo “rouba, mas faz”. O problema não é o montante envolvido, mas a filosofia de um governo. Para dissipar fantasmas, a presidente tem uma ótima oportunidade para mostrar que não é um clone. Basta cassar o privilégio e mandar os Cláudios pegarem a fila como qualquer brasileiro”.<br />
*****<br />
Além da miudeza dos passaportes, teve também a mixaria das férias de Lula em área do Exército, em Guarujá. Pelo menos eu acho: é mixaria.<br />
<b>PS do Viomundo: </b>E tem mais gente no governo Dilma louquinho para sair no PIG que qualquer outra coisa…<br />
Fonte: <a href="http://www.viomundo.com.br/opiniao-do-blog/o-pig-esta-de-volta-a-todo-o-vapor.html">VioMundo </a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3782400035130624169.post-79001389737057938512010-12-22T17:02:00.000-08:002010-12-22T17:02:21.007-08:00Deputados paulistas aprovam “venda” de 25% dos leitos do SUS a convênios e particulares; paciente SUS é lesado<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Tahoma, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; font-style: inherit; font-weight: 100; margin-bottom: 15px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 15px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">por <strong style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Tahoma, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; font-style: inherit; font-weight: 600; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;"><a href="http://www.viomundo.com.br/denuncias/bancadas-do-psdb-dem-pv-pps-psb-e-ptb-paulistas-aprovam-venda-de-ate-25-dos-leitos-hospitalares-do-sus-a-convenios-e-particulares.html">Conceição Lemes</a></strong></div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Tahoma, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; font-style: inherit; font-weight: 100; margin-bottom: 15px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 15px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">Por 55 a votos a 18 a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou ontem (21/12/2010), o projeto de lei 45/10 que permite às Organizações Sociais (OS) venderem até 25% dos serviços dos SUS, incluindo leitos hospitalares, a planos de saúde e particulares.</div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Tahoma, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; font-style: inherit; font-weight: 100; margin-bottom: 15px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 15px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">O projeto foi enviado à Assembleia Legislativa, em regime de urgência, pelo governador Alberto Goldman (PSBD). As bancadas do PSBD, DEM, PV, PPS, PSB, PTB e PP votaram a favor do projeto, que obteve ainda alguns votos do PMDB, PRB e PR. Votaram contra PT, PSOL, 1 do PR e 1 do PDT.<br />
<a name='more'></a></div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Tahoma, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; font-style: inherit; font-weight: 100; margin-bottom: 15px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 15px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">“<strong style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Tahoma, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; font-style: inherit; font-weight: 600; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;"><a href="http://www.viomundo.com.br/denuncias/governador-alberto-goldman-quer-vender-ate-25-dos-leitos-hospitalares-do-sus-em-sp.html" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #004f56; font-family: Tahoma, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">A nova lei das OS reduzirá mais o já precário atendimento hospitalar da população pobre</a></strong>”, denunciou ao <em style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Tahoma, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; font-style: italic; font-weight: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;">Viomundo</em> o deputado estadual Adriano Diogo (PT), da Comissão de Higiene e Saúde da Assembleia Legislativa. “É a expansão da ‘quarteirização’ dos serviços públicos de saúde no Estado de São Paulo.”</div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Tahoma, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; font-style: inherit; font-weight: 100; margin-bottom: 15px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 15px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">Para entender projeto, <strong style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Tahoma, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; font-style: inherit; font-weight: 600; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;"><a href="http://www.viomundo.com.br/denuncias/governador-alberto-goldman-quer-vender-ate-25-dos-leitos-hospitalares-do-sus-em-sp.html" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #004f56; font-family: Tahoma, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">clique aqui</a></strong>. Paradescobrir como cada deputado estadual paulista votou, consulte a tabela abaixo. Os nomes em verde votaram a favor do projeto 45/10, do governador tucano. Os escritos em vermelho, contra.</div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Tahoma, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; font-style: inherit; font-weight: 100; margin-bottom: 15px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 15px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><a href="http://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2010/12/novo-113.jpg" rel="lightbox[14774]" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #004f56; font-family: Tahoma, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><img alt="" class="alignleft size-full wp-image-14776" height="800" src="http://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2010/12/novo-113.jpg" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: Tahoma, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline;" title="novo-113" width="534" /></a></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3782400035130624169.post-4153727690804516452010-10-05T18:10:00.001-07:002010-10-05T18:10:49.106-07:00São quase duas décadas de mentira tucana em São PauloNem mesmo a grande imprensa, acostumada a acobertar a incompetência do governo Serra em São Paulo, se conteve diante do caos e da falta de providências para as chuvas na capital.<br />
Não há mais como esconder a incompetência tucana, no governo do Estado há quase duas décadas!<br />
<strong><em>O texto que segue é de Josias de Souza, publicado na FSP e retomado pelo blog Cidadania, aqui reproduzido: <a name='more'></a></em></strong><br />
<br />
<strong>Serra adota discurso de vítima diante das enchentes</strong><strong></strong><br />
<em> </em><em>Existe São Paulo. E existe “São Paulo”. Há a cidade e o coletivo em que ela se transformou.</em><strong><em></em></strong><br />
<em>Pode ser coletivo majestático ou pejorativo. Depende do lado que você está e do que lhe vem à mente quando ouve “São Paulo”.</em><br />
<em>Sem aspas, São Paulo é trabalho, é locomotiva, é PIB. Com aspas, pode ser poluição, engarrafamento, caos urbano.</em><br />
<em>Nos dias que correm, “São Paulo” é enchente, é morte. A água penetra todas as suas residências. Nalgumas, chega pela TV. Noutras, faz boiar os móveis.</em><br />
<em>José Serra levou ao microblog, na madrugada desta quarta (27), meia dúzia de palavras sobre o flagelo. Escreveu como vítima, não como governador.</em><br />
<em><a href="http://twitter.com/joseserra_/status/8266731327" target="_blank">Contou</a>: “Fui até a estrada de Itapevi, onde o temporal abriu uma cratera impressionante. Prevendo o risco, o DER havia feito uma interdição na via”.</em><br />
<em><a href="http://twitter.com/joseserra_/status/8266851881" target="_blank">Celebrou</a>: “Só por isso não houve maior tragédia. O carro com dois funcionários do DER despencou, mas felizmente eles foram resgatados e passam bem”.</em><br />
<em><a href="http://twitter.com/joseserra_/status/8266885510" target="_blank">Esmiuçou</a>: “Tentei ir a Bauru, mas não consegui. Com o temporal, o aeroporto de Congonhas estava feito sanfona: abria e fechava o tempo todo”.</em><br />
<em><a href="http://twitter.com/joseserra_/status/8266944777" target="_blank">Contabilizou</a>: “Este é o mês de janeiro mais chuvoso em SP, desde 1995, quando o Centro de Gerenciamento de Emergências passou a fazer medições.”</em><br />
<em><a href="http://twitter.com/joseserra_/status/8267007010" target="_blank">Comparou</a>: “Pra vocês terem uma idéia: o previsto para todo o mês de janeiro eram 239 mm. Na zona norte de SP, choveu 43 mm só nesta terça-feira!”</em><br />
<em><a href="http://twitter.com/joseserra_/status/8267093047" target="_blank">Espantou-se</a>: “A Estação Meteorológica da USP registrou, 5ª feira passada, o maior volume acumulado de chuva em janeiro desde 1932, quando começou a medir”.</em><br />
<em>Quem teve a ventura de ler José Serra sentiu falta de um governador. Alguém que discorresse sobre planos e medidas.</em><br />
<em>Quem leu José Serra teve a impressão de que ele não é propriamente um governador. É apenas mais uma vítima. Ou, por outra, é a ausência de solução com doutorado.</em><br />
<em>Uma espécie de nada com PhD, a contemplar a cidade desde a janela do Palácio dos Bandeirantes.</em><br />
<em>José Serra talvez ainda não tenha se dado conta, mas o cargo de governador tirou dele o conforto de habitar o mundo acadêmico.</em><br />
<em>Para um “scholar”, habituado a observar os paradoxos do caos social de longe, com distanciamento brechtiano, o diagnóstico é o Éden.</em><br />
<em>Mas o cidadão que se encontra cercado de água por todos os lados anseia pela resolução de seus problemas. Espera, quando menos, por um lenitivo.</em><br />
<em>Poder-se-ia objetar que o despreparo de “São Paulo” para lidar com as enchentes é produto do descaso de muitos governos.</em><br />
<em>A objeção não socorre, porém, o tucanato de José Serra, no poder em “São Paulo” há uma década e meia.</em><br />
<em>Assim, as divagações noturnas de José Serra não tem senão a utilidade de dar ao seu autor a sensação de que seus relatos são úteis.</em><br />
<em>De resto, enquanto estiver empilhando estatísticas e relatos molhados, José Serra pode eximir-se de tarefas menores. Apresentar providências, por exemplo.</em><br />
<strong><em>Escrito por Josias de Souza às 04h45</em></strong>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3782400035130624169.post-41050914472761188142010-10-05T18:09:00.001-07:002010-10-05T18:09:18.035-07:00Mentira Tucana I: Mário Kosel Filho<div style="text-align: justify;">Do <a href="http://www.sejaditaverdade.net/" target="_blank">SEJA DITO A VERDADE</a>:</div><div style="text-align: justify;"><strong>O e-mail</strong></div><div style="text-align: justify;">Há dias recebi um e-mail ligando o assassinato do Soldado Mário Kosel Filho à ex-ministra Dilma Rousseff. O texto do e-mail trazia uma série de inconsistências e de início nem dei tanta importância assim para as informações. Ontem resolvi digitar ao acaso o nome “Mário Kosel Filho” e “Dilma Rousseff” no Google e encontrei 62.000 resultados, a maioria validando ou simplesmente copiando o mesmo e-mail.</div><div style="text-align: justify;"><strong>Os fatos</strong></div><div style="text-align: justify;">De acordo com o site da <a href="http://www.aore.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=26:kozel&catid=5:historia&Itemid=6" target="_blank">Associação dos Oficiais da Reserva do Exército do Rio de Janeiro</a>, Mário Kosel Filho nasceu em 06 de julho de 1949 em São Paulo. Mário era filho de Mário Kosel, gerente da Fiação Campo Belo e Therezinha Vera Kosel. Mário, ou Kuka, como era conhecido, era um rapaz profundamente católico e participava do Grupo Juventude, Amor e Fraternidade, na igreja de Nossa Senhora Aparecida na Avenida Indianópolis. O símbolo da igreja era um violão, idéia de Kuka.</div><a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;"><strong>Serviço Militar</strong></div><div style="text-align: justify;">Aos 18 anos Kuka se alista no Exército. É designado para o IV Regimento de Infantaria, Regimento Raposo Tavares em Quitaúna.</div><div style="text-align: justify;">Na noite de 26 de junho de 1968, Mário e outros recrutas estavam nas guaritas do Quartel General do II Exército. A maioria daqueles recrutas possuía apenas 6 meses de instrução e serviço militar obrigatório. Notem: apenas 6 meses! Em plena Ditadura Militar e a 6 meses do AI 5, um dos mais importantes centros de inteligência do Exército brasileiro era protegido apenas por recrutas com 18 anos cada e 6 meses de experiência militar, uma tremenda irresponsabilidade. Devemos lembrar que o Serviço Militar aqui no país é OBRIGATÓRIO, em outras palavras, não havia muita escolha para Mário Kosel Filho, senão estar ali naquela noite.</div><div style="text-align: justify;">A situação nos quartéis era de insegurança desde que os militares depuseram o presidente João Goulart em 1964. Havia muitos ataques a quartéis, alvos preferenciais das ações de guerrilha. Ainda sim, o “brilhante” Exército Brasileiro decidiu escalar um bando de recrutas novatos para proteger o QG.</div><div style="text-align: justify;"><strong>O Ataque</strong></div><div style="text-align: justify;">Era uma madrugada fria e havia pouca visibilidade. Em um ataque-surpresa, um grupo de 10 guerrilheiros da VPR, ainda de acordo com o “e-mail revelador”, invadiu o quartel com uma camionete Chevrolet cheia de dinamite, com o objetivo de conseguir o maior número possível de vítimas (uma camionete com 10 guerrilheiros mais a dinamite, devia ter o tamanho de um microônibus). Oficialmente a VPR, Vanguarda Revolucionária Popular foi oficialmente criada apenas 1 ano depois do ataque (a primeira inconsistência).</div><div style="text-align: justify;">O motorista da camionete bateu em um poste. Mário foi verificar se havia alguém ferido no veículo quando uma “bomba com alto poder destrutivo” (algumas versões do e-mail falam em 50 quilos de dinamite) explodiu. Mário Kosel Filho morreu vítima do ataque (não vamos esquecer dos 10 guerrilheiros + 50 quilos de dinamite em uma camionete, imaginem o tamanho de veículo para caber todo mundo).</div><div style="text-align: justify;">Não cabe aqui apontar quem estava certo ou errado. A verdade é que os militares e os insurgentes choram seus mortos até os dias de hoje e clamam por justiça. Independentemente do Golpe Militar e da perda de direitos civis com os sucessivos “Atos Institucionais”, a morte daquele jovem de apenas 18 anos é lamentável!</div><div style="text-align: justify;"><strong>Usar a morte de um inocente para fins eleitoreiros</strong></div><div style="text-align: justify;">O site da Associação dos Oficiais da Reserva do Exército do Rio de Janeiro conta até aqui mais ou menos a mesma história do e-mail. Porém, os militares da reserva JAMAIS citam o nome de Dilma Rousseff. No e-mail, a ex-ministra de Lula estava em um segundo carro próximo ao ataque, portanto, Dilma é diretamente responsável pela morte de Mário Kosel Filho, afirma com todas as letras o e-mail.</div><div style="text-align: justify;"><strong>As incoerências</strong></div><div style="text-align: justify;">- Número 1: como já citado, a camionete + 10 integrantes + 50 quilos de dinamite, algo inconsistente até para uma Pajero dos dias atuais.</div><div style="text-align: justify;">- Número 2: A revista <a href="http://veja.abril.com.br/150103/p_036.html" target="_blank">VEJA</a> (uma publicação que, como todos nós sabemos, não “morre de amores” nem por Lula, Dilma ou o PT) na matéria <em>O cérebro do roubo ao cofre</em> isenta textualmente Dilma Rousseff das operações de campo: “A Dilma era tão importante que não podia ir para a linha de frente. Ela tinha tanta informação que sua prisão colocaria em risco toda a organização. Era o cérebro da ação”, diz o ex-sargento e ex-guerrilheiro Darcy Rodrigues.</div><div style="text-align: justify;">- Número 3: Como afirma o<a href="http://educacao.uol.com.br/biografias/dilma-rousseff.jhtm" target="_blank"> Site Uol</a> ao narrar a biografia de Dilma, a VPR, Vanguarda Popular Revolucionário, uma organização nascida da divisão da antiga VAR-Palmares, surgiu apenas em 1969, apenas 1 ano depois da morte de Mário Kosel Filho. Dilma ficou na VAR-Palmares, mais ligada a trabalhos de base. Lamarca foi para a VPR, adepta de ações de guerrilha. Em 1968 Dilma pertencia à Colina, Comando da Libertação Nacional.</div><div style="text-align: justify;"><strong>O outro lado</strong></div><div style="text-align: justify;">É interessante a postura dos demotucanos em relação ao passado militante de Dilma. Mais uma vez, a oposição usa a tática do “faça o que eu digo, não faça o que eu faço” e esquece que alguns dos seus também participaram da luta clandestina contra a Ditadura. Entre eles:</div><div style="text-align: justify;">- Fernando Gabeira (PV), o eterno amigo de Serra e sua turma e candidato ao governo do Estado do Rio de Janeiro. Durante os anos de chumbo, Gabeira participou em conjunto com o MR8 do seqüestro do embaixador estadunidense Charles Elbrick;</div><div style="text-align: justify;">- Aloysio Nunes Ferreira Filho, candidato ao Senado pelo PSDB de São Paulo. Aloysio participou da luta armada e foi motorista do famoso guerrilheiro Carlos Marighella em diversas atividades clandestinas;</div><div style="text-align: justify;">- José Chirico Serra – candidato à presidência da República pela coligação DEM-PSDB. Ajudou a fundar e participou da Ação Popular (AP), uma das tantas organizações clandestinas do período. Em 1966 uma bomba da AP explodiu no saguão do Aeroporto dos Guararapes, em Recife (PE). O atentado matou duas pessoas e feriu 15. Entre os mortos, Edson Régis de Carvalho, Secretário de Governo de Pernambuco na época.</div>Unknownnoreply@blogger.com0